Conheça as 7 Maravilhas do Mundo moderno e conheça as características e singularidades de cada um delas
O conceito de “maravilhas do mundo” tem fascinado a humanidade por séculos, desde a criação da lista original das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Infelizmente, apenas uma dessas maravilhas antigas, as Pirâmides de Gizé, ainda está de pé hoje.
Isso levou a várias tentativas de redefinir ou complementar a lista original para refletir feitos arquitetônicos mais modernos. Em 2007, uma nova lista das “Sete Maravilhas do Mundo Moderno” foi compilada através de uma votação global organizada pela New7Wonders Foundation.
Esta lista apresenta monumentos magníficos e inovadores, representativos da habilidade humana de criar estruturas não apenas grandiosas, mas também significativas.
Este artigo explorará em detalhes cada uma destas sete maravilhas modernas, mergulhando na história, importância cultural e os feitos arquitetônicos que as tornam verdadeiramente espetaculares.
Entenda o que é a lista das 7 maravilhas do mundo
As “Sete Maravilhas do Mundo Moderno” são uma lista de monumentos e estruturas notáveis da era moderna, selecionados através de uma votação global organizada pela New7Wonders Foundation.
A lista foi anunciada em 2007 e inclui:
- Cristo Redentor;
- A Grande Muralha da China;
- Machu Picchu;
- Chichén Itzá;
- O Coliseu de Roma
- Taj Mahal;
- Petra.
Conheça agora mais sobre cada uma dessas maravilhas do mundo moderno!
1. Cristo Redentor, Brasil
O Cristo Redentor é uma das esculturas mais reconhecidas e icônicas do mundo. Localizada no topo do morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, a estátua tem 30 metros de altura, além de um pedestal de 8 metros.
Foi projetada pelo escultor francês Paul Landowski e construída pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, com a colaboração do engenheiro francês Albert Caquot.
A construção da estátua levou quase uma década para ser concluída, sendo finalizada em 1931. Hoje, o Cristo Redentor é um símbolo do cristianismo e um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil.
2. A Grande Muralha da China, China
A Grande Muralha da China é uma série de fortificações feitas de pedra, tijolo, taipa, madeira e outros materiais, construídas ao longo da fronteira norte da China para proteger os estados e impérios chineses contra as invasões e ataques de vários grupos nômades das estepes euroasiáticas.
Embora várias paredes tenham sido construídas desde o século VII a.C., a maioria dos muros existentes foi construída durante a dinastia Ming (1368-1644 d.C.).
Aspectos culturais
A muralha não apenas tinha um propósito militar, mas também cultural. Ela simbolizava o poder do imperador e do povo chinês. A construção da muralha foi uma demonstração de força e determinação.
O imperador Qin Shi Huang é frequentemente associado à construção da Grande Muralha, embora ele tenha sido responsável apenas pela ligação e fortificação de várias seções de parede existentes para formar um sistema de defesa unificado.
A Grande Muralha também tem um significado simbólico, representando a separação entre a civilização chinesa e os “bárbaros” do norte.
Aspectos sociais
A construção da muralha foi um empreendimento massivo que exigiu uma quantidade enorme de mão de obra. Estima-se que milhões de trabalhadores foram utilizados durante os vários períodos de construção, incluindo soldados, camponeses e prisioneiros.
As condições de trabalho eram extremamente difíceis, e muitos trabalhadores morreram durante a construção. Suas cinzas foram muitas vezes misturadas ao material de construção.
A muralha também servia como meio de controle social para os imperadores. A mobilização de grandes números de trabalhadores para a construção da muralha permitiu aos imperadores controlar as populações e evitar revoltas.
Arquitetura e estrutura
A muralha não é uma barreira contínua, mas uma coleção de paredes e fortificações. A extensão total das várias seções da muralha é estimada em cerca de 21.196 km. A muralha varia em altura e largura, com uma altura média de 6 a 7 metros e uma largura média de 4 a 5 metros.
Ao longo da muralha, existem torres de vigia e fortalezas, utilizadas para alojar tropas e para sinalização.
Saiba que a Grande Muralha é uma das atrações turísticas mais populares da China e é visitada por milhões de pessoas todos os anos.
Apesar dos esforços de conservação, a muralha está enfrentando vários desafios, incluindo erosão, vandalismo e pressões do turismo. Muitas seções da muralha estão em estado precário e requerem restauração.
A Grande Muralha da China foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987. É um poderoso símbolo da história e cultura chinesas e é frequentemente associada à identidade nacional chinesa.
3. Machu Picchu, Peru
Machu Picchu, que significa “Velha Montanha” em quíchua, é uma cidade inca construída no século XV pelo nono imperador inca, Pachacuti. Localizada nas montanhas dos Andes, no atual Peru, a cidade fica a 2.430 metros acima do nível do mar.
Acredita-se que Machu Picchu foi construída como um complexo palaciano e religioso, embora a sua função exata ainda seja objeto de debate entre os historiadores. Alguns acreditam que era um retiro real, enquanto outros sugerem que era um observatório astronômico ou um santuário religioso.
Machu Picchu foi abandonada no século XVI, durante o colapso do Império Inca, provavelmente devido a uma combinação de invasões espanholas e surtos de varíola.
A cidade foi redescoberta em 1911 pelo arqueólogo americano Hiram Bingham, embora os habitantes locais já soubessem de sua existência.
Aspectos culturais
A cidade de Machu Picchu é um exemplo notável da arquitetura inca. As construções são feitas de pedras finamente cortadas que se encaixam sem o uso de argamassa.
Isso não apenas demonstra a habilidade dos incas como pedreiros, mas também foi uma técnica prática, pois tornava as estruturas mais resistentes a terremotos.
A cidade é dividida em dois setores: o setor agrícola, composto por terraços de cultivo, e o setor urbano, que inclui templos, praças e mausoléus reais.
Os incas eram adeptos da astronomia, e vários aspectos de Machu Picchu refletem isso. Por exemplo, a “Pedra Intihuatana” é uma pedra esculpida que se acredita ter sido usada como um relógio solar ou um calendário astronômico.
Aspectos sociais
Acredita-se que Machu Picchu tinha uma população de cerca de 1.000 habitantes, composta principalmente por sacerdotes, aristocratas e servos. Embora a cidade estivesse relativamente isolada, era parte de uma rede mais ampla de trilhas incas que ligava várias partes do império.
A organização social dos incas era altamente hierárquica, e isso se reflete na disposição de Machu Picchu. As residências da elite estão localizadas na parte mais alta da cidade, enquanto os trabalhadores e os servos viviam em áreas mais baixas.
Além disso, a arquitetura dos edifícios varia significativamente, com os edifícios mais importantes, como o Templo do Sol, sendo feitos de pedras mais finamente trabalhadas.
Preservação e Turismo
Hoje, Machu Picchu é um dos destinos turísticos mais populares do mundo, atraindo cerca de 1,5 milhão de visitantes por ano.
O local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1983 e é administrado pelo governo peruano. Há uma série de regras e regulamentações em vigor para ajudar a preservar o local, incluindo limites diários para o número de visitantes e a proibição de trazer alimentos ou bebidas (exceto água) para o local.
Apesar desses esforços, o grande número de visitantes continua a ser uma preocupação para a preservação de Machu Picchu.
4. Chichén Itzá, México
Chichén Itzá é um dos sítios arqueológicos mais importantes da península de Yucatán, no México, e foi um dos maiores centros urbanos da civilização maia.
Embora a cidade tenha sido fundada por volta do século VI, ela atingiu o seu apogeu entre os séculos IX e X, época em que também mostrou uma forte influência da civilização tolteca. Isso é evidenciado na fusão arquitetônica e artística visível no local.
Aspectos culturais
Chichén Itzá é notável pela sua diversidade de estilos arquitetônicos, que refletem tanto as tradições maias quanto toltecas. O monumento mais famoso é a pirâmide de Kukulcán, também conhecida como El Castillo. Este templo-pirâmide tem quatro lados, cada um com uma escadaria que leva ao topo.
Durante os equinócios, o jogo de luz e sombra cria a aparência de uma serpente descendo pelas escadas, um fenômeno que atrai milhares de visitantes todos os anos.
Além da pirâmide, o local possui várias outras estruturas notáveis, como o Templo dos Guerreiros, o Jogo de Bola, e o Cenote Sagrado. Este último era um poço natural que se acredita ter sido usado para rituais de sacrifício.
Aspectos sociais
Chichén Itzá era uma cidade muito complexa com uma hierarquia social bem definida. A elite governante era composta por sacerdotes e líderes militares. A cidade era também um importante centro comercial e tinha várias alianças com outras cidades-estado maias.
O Jogo de Bola, uma atividade esportiva com significado religioso e social, tinha um papel importante na vida dos habitantes da cidade. Acredita-se que esse jogo servia vários propósitos, incluindo a resolução de conflitos e até mesmo rituais de sacrifício.
Importância religiosa
A religião tinha um papel central em Chichén Itzá, como evidenciado pela quantidade de templos e locais de ritual. A serpente emplumada Kukulcán (ou Quetzalcóatl na tradição tolteca) era especialmente venerada. Este deus era associado à criação, à fertilidade e à ressurreição, e muitas das principais estruturas da cidade são dedicadas a ele.
Chichén Itzá foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1988 e é uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. O turismo é uma fonte significativa de receita para a região, mas também levanta preocupações sobre a conservação do local.
A cada ano, centenas de milhares de pessoas visitam Chichén Itzá, especialmente durante os equinócios, quando a “serpente emplumada” desce pela pirâmide de Kukulcán em um espetáculo impressionante de luz e sombra.
5. Coliseu de Roma, Itália
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, é um antigo anfiteatro romano situado no centro de Roma, Itália. Sua construção começou sob o imperador Vespasiano em 70-72 d.C. e foi concluída em 80 d.C. sob seu filho Tito.
Mais tarde, modificações foram feitas durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.). É considerado uma das maiores obras de arquitetura e engenharia romanas.
Aspectos culturais
O Coliseu era usado para uma variedade de eventos públicos, como lutas de gladiadores, batalhas navais, caçadas de animais, execuções, reconstituições de batalhas famosas e dramas baseados na mitologia clássica.
O edifício deixou de ser usado para entretenimento no início da Idade Média, e foi posteriormente reutilizado para propósitos como habitação, oficinas, sede de ordens religiosas, fortaleza, pedreira e santuário cristão.
Aspectos sociais
O Coliseu era um símbolo do poder e da grandiosidade do império romano. Ele servia como um meio para os imperadores ganharem a aprovação do povo, oferecendo entretenimento gratuito e distribuição de comida.
Os jogos eram muitas vezes patrocinados pelos imperadores ou políticos ricos que buscavam ganhar popularidade. A capacidade do Coliseu era de mais de 50.000 espectadores, o que permitia que uma grande parte da população de Roma assistisse aos eventos.
Arquitetura
O Coliseu é uma estrutura elíptica de 189 metros de comprimento e 156 metros de largura, com uma altura de mais de 48 metros. A fachada externa é feita de travertino, um tipo de calcário, enquanto o interior é feito de tijolos e concreto. O Coliseu contém uma série de corredores e túneis subterrâneos, conhecidos como hipogeu, que eram usados para alojar animais e gladiadores antes dos eventos.
Hoje, o Coliseu é uma das atrações turísticas mais populares de Roma, atraindo milhões de visitantes todos os anos. É também um símbolo icônico da Roma Imperial e foi listado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
O Coliseu é também um sítio do patrimônio mundial da UNESCO desde 1980. Embora tenha sido danificado por terremotos e pilhagens ao longo dos anos, o Coliseu continua a ser um dos exemplos mais bem preservados de arquitetura romana.
6. Taj Mahal, Índia
O Taj Mahal está localizado em Agra, na Índia, e é um dos edifícios mais famosos e admirados do mundo. Foi construído pelo imperador mogol Shah Jahan em memória de sua esposa favorita, Mumtaz Mahal, que morreu durante o parto de seu 14º filho em 1631.
A construção começou em 1632 e levou cerca de 20 anos para ser concluída, envolvendo cerca de 20.000 trabalhadores e artesãos de toda a Índia e do Oriente Médio.
Aspectos culturais
O Taj Mahal é considerado o exemplo supremo da arquitetura mogol, uma mistura de elementos arquitetônicos islâmicos, persas, otomanos e indianos. O edifício é feito de mármore branco, incrustado com pedras semipreciosas e decorado com intricados desenhos florais e caligrafia.
O edifício é mais conhecido por sua cúpula central, mas o complexo também inclui um jardim, um minarete em cada canto, uma mesquita e um pavilhão de hóspedes.
Aspectos sociais
A construção do Taj Mahal envolveu o uso de trabalhadores e artesãos de várias partes da Índia e do Oriente Médio, refletindo a diversidade do império mogol. A construção do Taj Mahal também teve um impacto significativo na economia local, já que os materiais foram transportados de várias partes da Índia e do exterior.
O mármore branco foi trazido de Rajasthan, o jaspe do Punjab, o jade e o cristal da China, o turquesa do Tibete, o lápis-lazúli do Afeganistão, o ônix e o ágata do Iêmen, e o coral do Oceano Índico.
Significado religioso
O Taj Mahal também tem um significado religioso, sendo um exemplo da arquitetura islâmica. O complexo é projetado de acordo com os princípios do design islâmico, com jardins geométricos, simetria e o uso de padrões repetitivos.
O edifício principal é um mausoléu que contém os túmulos de Mumtaz Mahal e Shah Jahan. Embora os túmulos reais estejam localizados em uma câmara fechada, existem cenotáfios falsos no salão principal que são visitados pelos turistas.
O Taj Mahal é um dos destinos turísticos mais populares do mundo, atraindo cerca de 7-8 milhões de visitantes a cada ano. Foi designado como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983 e é também uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
Apesar de seus esforços de conservação, o Taj Mahal enfrenta várias ameaças, incluindo a poluição do ar e do rio, e o turismo excessivo. O governo indiano implementou várias medidas para proteger o monumento, incluindo a limitação do número de visitantes e a proibição de veículos a motor nas proximidades.
7. Petra, Jordânia
Petra, situada na atual Jordânia, é um dos sítios arqueológicos mais fascinantes do mundo. Fundada possivelmente no século V a.C. pelos edomitas, a cidade foi posteriormente ocupada pelos nabateus antes de se tornar parte do Império Romano.
Saiba que Petra era um importante centro comercial, especialmente conhecida por sua produção de incenso, especiarias e outros produtos de luxo.
Aspectos culturais
O mais icônico monumento de Petra é o Tesouro (Al-Khazneh), uma tumba monumental esculpida diretamente na rocha rosada do desfiladeiro.
Entretanto, Petra abriga uma diversidade de estruturas, incluindo um teatro romano, mosteiros, igrejas e diversas outras tumbas e templos, cada um com sua própria riqueza de detalhes e significado.
O local é um testemunho da habilidade dos nabateus em controle de água, com sistemas complexos de túneis e câmaras de água.
Aspectos sociais
Na sua época de apogeu, Petra era um caldeirão de culturas. A cidade era controlada pelos nabateus, uma tribo árabe que se destacou em engenharia e comércio.
Embora influenciada fortemente pela arquitetura helenística e romana, Petra também exibe elementos da tradição árabe local, como é evidente na arquitetura e nos sistemas de irrigação. A população era diversa, com habitantes oriundos de várias partes do Oriente Médio, evidenciando sua importância como centro de comércio.
Aspecto religioso
Os nabateus praticavam um politeísmo que incorporava deuses e deusas árabes, gregos e egípcios. Diversos templos e altares em Petra atestam essa mistura religiosa. O “El Deir”, ou o Mosteiro, é um exemplo de um local religioso nabateu que mais tarde foi adaptado para usos cristãos.
Hoje em Dia
Petra é hoje um dos principais destinos turísticos da Jordânia e do mundo, atraindo centenas de milhares de visitantes a cada ano. O local foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO em 1985 e foi também escolhido como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo em 2007.
Apesar de sua popularidade, Petra enfrenta desafios de conservação devido à erosão, desgaste causado pelo turismo e fatores climáticos.
O impacto de Petra na cultura popular também é notável, tendo sido cenário para vários filmes e documentários, o que aumenta ainda mais o seu fascínio e mistério.
É não apenas um monumento à habilidade humana e à tenacidade, mas também um elo tangível com civilizações que há muito desapareceram.
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